domingo, 12 de dezembro de 2010

Todo mundo é parecido quando ama alguém


Em síntese, o amor é brega. Como música de dores arrependidas, como versos insensatos sobre corações partidos. Em suma, o amor é comum, como o ar que se respira, despido de complexidades teóricas e fundamentos astrológicos pertinentes a mentes ansiosas.
Cantar o amor é cantar promessas e juras de sentimentos, cantar melodias que se tornam bobas ao passar do tempo, mas que tem toda a intensidade e relevância para aquele determinado momento presente. Porque o amor é presente, importante e contundente, inerente a qualquer
pessoa, por mais idiota que seja.
O amor não se conjuga com a sanidade. Maluco, pira em si mesmo, se enlouquece na sua própria pureza e melancolia. Inebria-se com o ciúme sem motivo, com a razão perdida, com palavras jogadas ao vento e escritas em papéis rasgados.
O amor é tolo porque guarda nomes, rostos e bilhetes como se fossem registros eternos de uma mente sem lembranças.
O amor esquece, perdoa, tenta de novo, e de novo, e de novo.. e mais do que qualquer outra coisa, acredita em si, como se fosse poção mágica, como se fosse o poder supremo, o raio de luz que brilha em densas trevas. Como se fosse um dom, único, incomparável, milagroso. Se supõe, inclusive, que o amor seja a cura para todo mal.
E o mal, como espinho em nossa carne, grita alto pela cura: o amor, o curativo, o remendo para um espírito rasgado.
Mais do que um conceito disperso, o amor está bem expresso em versos e palavras aparentemente sem sentido que encontram o seu real significado em corações receptivos que abrigam este ser estranho e natural.
Em síntese, o amor é essencial.




Andinho