quarta-feira, 9 de julho de 2014

30 anos a mil



Dizem que quando estamos próximos de morrer passa um filme de alguns segundos sobre nossa cabeça de toda nossa vida. Engraçado uma vida toda se resumir em apenas alguns segundos. Você vive tantos anos e de repente parece que você viveu nada. Nossa noção de vida se resume a uma breve fração de tempo.
Talvez porque o tempo seja apenas uma ilusão da nossa mente. E de repente você viveu 30 anos mas não notou que envelheceu, que já não é mais uma criança cuidada pela mãe ou um adolescente que falta da escola.
O tempo nos dá tempo suficiente para nos tornarmos jovens velhos ou velhos jovens. E sua noção do que passou está na sua memória. Nas brincadeiras de rua, nos amigos do bairro ou da escola, no primeiro emprego, na primeira namorada, nas pessoas que você ama e que por uma razão ou outra te deixaram. Na vida adolescente. Na vida adulta. Na vida.
E eu simplesmente não sei qual é minha expectativa de vida. Não sei se estou na metade dela, no seu fim, ou apenas no começo. Não sei quando o meu filme vai passar brevemente na minha cabeça. Só sei que cada dia quero fazer novos roteiros, escrever novos diálogos, registrar novas cenas, vivenciar novas emoções. E que cada dia valha a pena. Porque no final das contas, a intensidade não está no tempo que passa, mas no quanto se aproveita. E eu quero 30 anos a mil!






Andinho