sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Em muitas vezes eu pensei em tentar falar o que eu nem sei de coisas que eu já quis saber



Aqui eu vejo um poço de poesia, uma biblioteca completa de sonetos sem sentido. Poetas, poetisas, revolucionários, corajosos. Dando um tapa na cara da sua própria babaquice.

É tudo mais fácil dizer quando se está longe, ou quando você quer se esconder através de aplicativos fakes e acusações mentirosas. E sempre há quem acredite.

Eu quero voltar paras as minhas origens. Quero sentir o mesmo descompromisso, o mesmo chão sujo e sem tapete, os mesmos acordes desconexos, desafinados, despropositados. Quero o improviso, o simples, o desregrado, o habitual, casual. Quero o tempo que se foi (aquele em que você não existia). E do meu lado eu quero essas mesmas pessoas de ontem, as verdadeiras, as que sempre estiverem e sempre estarão ouvindo comigo os mesmos três acordes de sempre.

Porque essas novas coisas me fazem perder o sentido do que é bom. Essa destemperança, esse aproveitamento sórdido, esse chute e menosprezo que não entendo. Essa falta de figura, de imagem real, que é tão desfigurada como se fosse uma imagem num papel sulfite borrado com um pincel molhado de tinta guache. E se o quadro da tua presença não está mais na parede da minha vida, a culpa é apenas sua (e eu lamento).

Tanta coisa para dizer, mas difícil mesmo é saber que nada do que eu diga fará algum sentido para você. 

Ser insano é acreditar na loucura dos outros. Estou lúcido o suficiente pra resgatar da lixeira o tempo que deixei pra trás. Ali, empoeirado, guardado em caixas de papelão de uma memória futura presente. Presente. Junto com pessoas que realmente deveriam estar do meu lado. Amigos, irmãos, os leais. Separado desses “nãos”,  “talvez”, e tantas outras palavras que apenas realçam sua estupidez autodestrutiva. 

Me arrependo de tudo que não fiz e de nada do que farei. Irreversível é o fim, promissor é o amanhã. Let’s go Regina.





Andinho