O amor é uma droga lícita. Seu uso te deixa eufórico, sua
falta te deprime. Insensato, impreciso, necessário. Um bem mal, ou mal bem. É o
algodão doce do parque de diversão e a dose de whisky no bar vazio. É em si só
uma contradição. Nos termos de um termo temperamentalmente tempestuoso. Do vento
que passa, do tempo que sopra, de todas as variações variantes incalculáveis
imagináveis imprescindíveis. O amor não é lógico porque é inexato. Não é legal
porque é cafona. Não é eterno porque passa. Mas é presente porque nunca se
afasta. E é narcótico porque te deixa dependente, mas não te mata. É a dose que
te faz viver. E viver não dói.
Andinho