Pouco são os laços crassos, laços inatos. Laços fartos e
correlatos. Poucos são, poucos serão. Poucos perpetuam o terminável. Pouco é
estável. Pouco falho, pouco atalho, pouca conexão de amor fraterno. Pouco eterno.
No pouco de muito tudo eu sou assim resumido, contado como
gota de chuva nenhuma. Espaço escasso. Meus elos são quebráveis, minha paz é
temporária. Sou suicida, homicida da minha própria razão. Sou coração de lata,
ou lata de opnião. Sou minha própria contradição. Sou briga comigo mesmo,
inimigo interno. Sou meu próprio tutor paterno e me privo do que mais quero. Porque
não sou insano nem sou maluco, ou sou normal como um louco. Sou pouco, muito
pouco.
Andinho